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Caça à multa ou ao disparate?

 

Hoje soube que na Holanda foram passadas 25 mil multas por excesso velocidade perto de obras, num trimestre apenas.

Excesso de velocidade junto a obras? Claro que em Portugal há alteração dos limites de velocidade quando há obras, mas isso alguma vez é controlado?

 

Isto fez-me pensar na afamada "caça à multa" que alegadamente se pratica em Portugal e fui procurar alguns dados:

Em Portugal foram passadas 162 mil multas por excesso de velocidade em 2007, ou seja 14,3 por cada mil habitantes.

Mas na Inglaterra e País de Gales houve em 2005 35,2 multas por cada 1000 habitantes.

Na Alemanha, onde nem há limite de velocidade em muitas auto-estradas, este número foi em 2008 de 62,8 multas.

Na Bélgica, 64. Nos EUA, são 132. Na Holanda, 550.

Só na primeira metade deste ano, houve 240 mil multas no Tirol, 685 multas por mil habitantes ao ano.

Esta chocante passividade para com o comportamento criminoso dos automobilistas tem ainda duas agravantes.

Primeiro, em Portugal são poucas as multas que são realmente cobradas.

Segundo, é muito mais fácil descobrir um carro em excesso de velocidade por cá, ou seja, com o mesmo nível de intensidade e de tolerância de controlo até seria de esperar que a polícia portuguesa passaria mais multas.

Acontecendo o contrário percebe-se o quão mais tolerante são as nossas autoridades.

 

Fonte:

http://menos1carro.blogs.sapo.pt/223439.html

 

Respeite os peões quando estacionar...

 

Uns andam mais a pé do que outros, mas quase todos nós somos peões.

E, na qualidade de peões, somos maltratados neste país de uma forma verdadeiramente inqualificável.

Os passeios, que, por norma, já são estreitos, são ocupados de forma completamente desordenada por todo o tipo de mobiliário urbano - e ainda servem para o estacionamento de veículos automóveis, um pouco por todo o país.

Como se tudo isto não bastasse, muitos passeios são invadidos por automóveis mesmo quando os automobilistas os estacionam em (verdadeiros) lugares de estacionamento.

Onde quer que se estacione em espinha ou perpendicularmente ao passeio, é frequentíssimo parte do passeio ser comida pela dianteira ou pela traseira do veículo.

 

Fonte:

http://anossaterrinha.blogspot.com/2009/10/sinistralidade-rodoviaria-o-que-nasce.html

 

“UMA VITÓRIA CIVILIZACIONAL DO POVO PORTUGUÊS”.

 

Assim explicava em Janeiro o Ministro da Administração Interna a “redução” do número de mortos nas estradas portuguesas, nos últimos anos.

Foi um comentário que me ficou atravessado na garganta, porque sugeria uma revolução nos costumes rodoviários que não aconteceu de facto:

se se morre hoje menos nas estradas portuguesas do que há dez anos é porque os consumidores-condutores do norte da Europa têm exigido dos fabricantes vias e veículos mais seguros e nós temos beneficiado com essa exigência, e porque a falta de dinheiro para a gasolina é um eficiente redutor de velocidade (primeira causa de agravamento da sinistralidade).

O comentário do ministro tinha assim um duplo travo amargo:

de limpeza da memória da catástrofe rodoviária, e de obliteração da responsabilidade do governo em relação a várias áreas-chave para uma efectiva redução do risco rodoviário...

 

Associação alerta para falta de patrulhamento nas auto-estradas

http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=1647450

 

Fonte:

http://sorumbatico.blogspot.com/2010/08/tragedia-numa-a25-de-pacotilha.html

 

Foto – Fonte:

http://lucypepper.com/pt/component/content/article/18-blog/2067-portugal-never-learns

 

 

Não há motivo para nos envergonharmos de haver praticado uma boa obra por indicação alheia”.

Saint-Evremond

 

 

 

 

publicado por Oficial de mecânica às 15:42 | link do post | comentar