Mega-Camiões ...

Mega-Camiões geram discórdia em Espanha

Existe um clima de discórdia quanto à permissão da circulação dos mega-camiões com 25,25 metros de cumprimento e 60 toneladas de peso bruto em território espanhol, tendo já sido publicado no Boletim Oficial do Estado (BOE) espanhol a Ordem que altera o anexo IX do Regulamento Geral de Veículos no sentido de permitir a circulação dos chamados mega-camiões. O governo espanhol justifica a medida dizendo que os avanços tecnológicos dos veículos e das estradas permitem a circulação de maiores dimensões e maior peso bruto, e acrescenta que os novos conjuntos aumentarão a eficiência e a competitividade do transporte rodoviário de mercadorias.

Todavia, os mega-camiões não poderão circular livremente pelas estradas espanholas. Será necessária autorização prévia, sujeita à definição do percurso, sendo que a viagem só poderá ser feita ponto a ponto, numa distância mínima de 150 quilómetros, percorrendo apenas 50 quilómetros em estradas convencionais. A Anfac, associação espanhola de construtores automóveis, estima-se que a introdução dos mega-camiões poderá gerar benefícios de 700 milhões de euros anuais para a sociedade. A associação calcula que o preço da tonelada-km transportada poderá baixar 22%, assim como serão reduzidas as emissões poluentes.

Transportadores temem excesso de oferta

A Fetransa, associação de transportadores autónomos, considera, ao invés, que a autorização da circulação dos conjuntos de 25,25 metros e 60 toneladas de peso bruto tenderá a aumentar os percursos em vazio e os veículos imobilizados por falta de trabalho. A Fetransa sustenta que existe já um excesso de oferta de capacidade de transporte no mercado, que tenderá a agravar-se com os novos veículos. Criticado é também o texto legal agora publicado, considerado vago no que toca às autorizações de transporte que terão de ser emitidas previamente, e também no que se refere às vias por onde os mega-camiões podem circular, limitando-se a impor a utilização das auto-estradas e vias rápidas “sempre que possível”. Criticado é ainda o facto de não serem exigidos requisitos específicos para os motoristas que conduzirão os mega-pesados.

Fonte : Transportes & Negócios

 

 

Eficiência no transporte rodoviário

 

Hannover (2008) realizou-se a 62ª edição do Salão de Veículos Comerciais, um simpósio subordinado ao tema a Eficiência no transporte rodoviário. Entre os temas “quentes” em debate, esteve o objetivo da política de transportes europeia.

A utilização dos mega camiões, aliada a estratégias logísticas inovadoras, constitui a melhor resposta possível da indústria de transportes rodoviários para absorver de forma eficaz o crescimento sustentado do transporte de mercadorias previsto na Europa e promover o princípio da comodidade, foi a principal conclusão do simpósio internacional promovido no decurso da 62º edição do Salão Internacional de Veículos Utilitários (IAA).

… «no decurso dos testes efetuados com ecocombis na Alemanha, ficou provado que o consumo combustível pode baixar entre 15 e 30% por tonelada transportada» … um estudo da Comissão Europeia, refere que estes conjuntos modulares permitem a redução de pelo menos 5 milhões de toneladas de dióxido de carbono na zona Euro.

O Grupo Luís Simões apresentou ao IMTT – Instituto de Mobilidade e Transportes Terrestres um projeto-piloto para a utilização de dois megacamiões (2007).

 

Um mega camião é um conjunto articulado rodoviário com um peso bruto até 60 toneladas e um comprimento máximo até 24 metros sendo apontado como um meio de transporte sustentável.

 

Uma vantagem apontada para esta solução é o facto de dois veículos conseguirem transportar o mesmo volume de carga do que três conjuntos articulados de 40 toneladas, contribuindo para uma redução do tráfego rodoviário e para uma diminuição no consumo de combustível até 30 por cento.

Nota: "está demonstrado que um camião destrói o pavimento duas mil vezes mais do que um automóvel ligeiro, mas não paga duas mil vezes mais portagem".

 

mega camiao.png

 

 

publicado por Oficial de mecânica às 00:05 | link do post | comentar