Autómato.
A grande luta moderna pela melhoria das sociedades e a sobrevivência do planeta é feita pela transformação individual e pela acção de pequenos grupos.
Só existe verdadeira transformação pessoal ou colectiva se forem abandonados determinados hábitos padronizados que, necessariamente, se têm de desprender das malhas consumistas e lucidamente iniciar um novo caminho.
A época do ser antropóide há muito que deixou a espécie humana. Acontece que, as “máquinas” ocuparam um enorme espaço na vida quotidiana do ser humano. Porém, por detrás da “máquina” deveria haver um cérebro que a comande; caso contrário, a “máquina” toma conta do ser humano e destrói-o.
O uso correcto da tecnologia pode salvar vidas.
A falta da colocação do cinto de segurança é “uma” das principais causas de morte nas estradas.
Ao contrário do que se poderia pensar, os números da sinistralidade estão a aumentar.
F. Brás
A morte em diferido
«Falta de castigo»
Vidas jovens - esventradas pelo inferno, ávido de imprudentes, do asfalto assassino - continuarão a desfilar, para luto de familiares e lágrimas, reais ou postiças, de amigos de estrelas.
Angélico morreu depois de agonizar uns dias num leito de hospital.
Apelido de santo, transformado em nome artístico, o jovem atingiu, pelas mais dramáticas razões, o pico da fama que ninguém merece.
Muito menos aos 28 anos. Foi uma morte em diferido.
Agora vai entrar rapidamente no olvido.
Tal como o seu amigo, Hélio Filipe, que dele, olvido, nunca saíu e que morreu, em directo, no preciso instante do acidente.
Tal como a sua amiga de dezassete anos, quase sem nome, que com ele seguia no carro e que luta entre a vida e a morte no hospital.
Ou como o jovem "Dino", também vítima de si próprio, noutro acidente, em 2006, com 22 anos.
Não serão muitos os jovens que aprenderão esta lição nunca estudada.
A estrada aprecia servir de carrasco àqueles que a não temem.
A principal causa de morte entre os 15 e os 35 anos é a sinistralidade rodoviária.
Todas as semanas engrossa, em Portugal, o rol infindável das suas vítimas.
A atracção pelo abismo, a vertigem da velocidade, o cotejo permanentemente do risco, o imitar heróis virtuais ou pouco virtuosos, é mais atractivo para um jovem do que pensar, avançar cautelas, ponderar perigos e esconjurá-los.
Os pais, muitos pais, até apreciam estimular desde muito cedo os seus rebentos para gestos ousados.
Oferecem motociclos, independentemente de maus ou bons resultados escolares, aos seus filhos logo que estes atingem os 14 anos, a idade legal e néscia para poder conduzir em estrada.
A escola não quer saber de desgraças menores e pouco ou nada cuida da formação para a segurança dos seus alunos.
A Prevenção Rodoviária Portuguesa até acha que deve promover campanhas de sensibilização para aquisição de motociclos, apoiando a formação, finita no tempo, dos jovens condutores. Esquecendo que a estrada é uma selva de enganos e, quando os condutores nela circulam não têm a mãozinha salvífica dos monitores de instrução, nem os jovens pilotos imaginam desgraças próprias, nem cuidam de saber das alheias.
Angélico está agora junto dos anjos ou de Deus. Mas infelizmente o exemplo do seu infortúnio não será aprendido.
Vidas jovens - esventradas pelo inferno, ávido de imprudentes, do asfalto assassino - continuarão a desfilar, para luto de familiares e lágrimas, reais ou postiças, de amigos de estrelas. Os mesmos que nutrem seca indiferença pelos que morrem ou padecem no anonimato.
É raro ouvir gritar como Marguerite Yourcenar:
"não há vida que não seja falhada e a glória, quando chega, limita-se a proclamá-lo em voz alta".
E não há pior glória do que a atribuída, como uma medalha obscena a titulo póstumo, a gente no fulgor da idade mais bela.
http://aeiou.expresso.pt/a-morte-em-diferido=f659076#ixzz1QzixardT
Carro deveria ser conduzido por vendedor
O BMW 635, série 6, deveria ser conduzido por um vendedor do Auguscar, já que, estando à venda, ainda não tinha qualquer seguro.
A sua utilização pelos vendedores é permitida, porque aqueles têm o que se chama "seguro de carta".
O que lhes permite deslocarem-se com os carros enquanto os mesmos não são vendidos e os proprietários não contraem qualquer seguro.
Anteontem, quando foi chamado ao local do acidente, o proprietário do Auguscar - o stand que terá emprestado o carro a Angélico - confirmou que o carro lhe pertencia e que o mesmo ainda não estava assegurado. Pediu que o reboque levasse os restos do potente BMW para uma oficina na Póvoa de Varzim.
Atendendo a que, na sequência do acidente, há a registar a morte de uma pessoa - Hélio Filipe, de 25 anos - e ferimentos numa jovem de 17 - Armanda Leite - as indemnizações poderão agora ser accionadas ao Fundo de Garantia Automóvel.
Trata-se de um fundo público autónomo, gerido pelo Instituto de Seguros de Portugal, destinado a satisfazer indemnizações devidas em consequência de acidente de viação. Só não cobre os danos do condutor do carro sem seguro...
http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/actualidade/carro-deveria-ser-conduzido-por-vendedor
Armanda Leite continua com prognóstico reservado
Armanda Monteiro Leite, uma das quatro ocupantes do veículo conduzido por Angélico Vieira na noite do trágico acidente, foi já transferida do Hospital de Santo António para o Hospital de São João, também no Porto.
Armanda Monteiro Leite, de 17 anos, continua com ferimentos graves e prognóstico reservado, adianta a edição de hoje do JN.
Armanda é natural de Moçambique e estaria em Portugal apenas a passar férias.
Segundo uma testemunha no local do acidente, citada pelo mesmo jornal, Armanda viajava no banco traseiro e, na altura do acidente, estaria a dormir ao colo do namorado, Hélio Filipe, que faleceu no local, projectado da viatura e atropelado pelo carro que seguia atrás na auto-estrada.
Nas redes sociais, como o Facebook, multiplicam-se as páginas criadas para apoiar a jovem de 17 anos, que se juntam às dezenas de outras páginas de apoio a Angélico Vieira, vídeos e mensagens de fãs. http://www.destak.pt/artigo/99532
Fotos - http://www.jn.pt/multimedia/galeria.aspx?content_id=1888693
Ford Explorer 2010: novo modelo, a ser lançado no fim do ano que vem, trará airbags nos cintos de segurança traseiros.
Pelas crianças, a Ford anunciou que seus prometidos cintos de segurança infláveis estarão nos bancos traseiros do novo Explorer, nos Estados Unidos.
Segundo a montadora, o 4×4 com a nova tecnologia chegará ao mercado americano no próximo outono do hemisfério norte (logo, de setembro a dezembro de 2010) e, se for bem aceito, poderá ser comercializado no Reino Unido – quem sabe, depois disso, no resto do mundo.
A mágica dos cintos-airbags da Ford é simples; e jura ser segura.
A partir do choque, o carro emite, em milésimos de segundos, um sinal que libera as bolsas de ar.
Cilíndricas, elas se estendem desde a fivela até o ombro do passageiro, encaixadas dentro de uma espécie de bolso costurado na cintura.
É quase idêntico ao funcionamento das bolsas de ar convencionais, exceto pela forma e um outro cuidado especial: na hora de inflar, a bolsa do cinto passa por um dinâmico processo de suavização, a fim de não causar nenhum choque violento no passageiro do banco de trás.
De acordo com o Telegraph, que conversou com o engenheiro da Ford responsável pela tecnologia, Dr Srini Sundararajan, o recurso foi desenvolvido com o intuito de proteger as crianças, mesmo quando estão dormindo ou com a cabeça inclinada.
Para o engenheiro, um dos grandes infortúnios do cinto de segurança atual é que, muitas vezes, o passageiro quebra as costelas durante uma colisão devido a forte pressão exercida sobre a região torácica inferior.
Com o novo cinto-airbag, isso não existiria mais, diz. A montadora ainda não revela detalhes de preço.
http://info.abril.com.br/noticias/blogs/bitnocarro/seguranca/ford-colocara-cintos-inflaveis-na-nova-explorer/#ir
Deus permitiu-nos o livre arbítrio para nos delegar responsabilidades;
sabia de antemão que seria impossível tomar conta de todos ao mesmo tempo.